Displasia do Quadril
É uma situação presente ao nascimento, em que a criança apresenta graus variáveis de instabilidade do quadril, que pode ser só instável e hipermóvel ou pode se apresentar luxado (fora do lugar).
Trata-se de uma doença de difícil diagnóstico, de evolução silenciosa pois não apresenta nenhum sintoma até o início da marcha e, se não diagnosticada e tratada adequadamente, poderá levar à incapacidade definitiva.
É mais frequente em meninas e a incidência varia de 1:1.000 a 15: 1000 nascidos vivos, mudando consideravelmente de acordo com a região geográfica. Em lugares onde os bebês são carregados com os quadris dobrados (África, Ásia) praticamente não existe o problema, enquanto nos países frios da Europa, em que as crianças são enroladas como charutinho e os quadris ficam em extensão, a incidência é maior.
Frequentemente, há casos de luxação do quadril na família. No berçário da Maternidade é feito um exame simples dos quadris chamado de Ortolani em que é testada a estabilidade do quadril. Tal exame é obrigatório e deve ter o resultado anotado no exame médico inicial do bebê. Na suspeita de instabilidade ou luxação, o bebê deve ser encaminhado para o Ortopedista nos primeiros dias de vida para tratamento especializado.
Diagnóstico
Deve ser feito exame físico, com realização de testes para avaliar a estabilidade do quadril . O bebê será submetido a um exame de Ultrassom dos quadris que determinará a extensão do problema.
Tratamento
O tratamento, inicialmente, é sempre clínico, com o uso de aparelhos ortopédicos que objetivam manter os quadris dobrados e com certo grau de movimento, para que sejam moldados e encaixados no osso da bacia. Caso este encaixe não aconteça de maneira adequada, a criança poderá ser submetida a manipulações sob anestesia e a cirurgias para se efetuar a correção articular.