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Pé Torto Congênito Equinovaro

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Pé Torto Congênito Equinovaro 

 
O pé torto congênito é uma das deformidades congênitas mais freqüentes com incidência de um a três casos para cada mil nascidos vivos. 
 
Cinqüenta por cento são bilaterais e os meninos são 2.5 vezes mais afetados. A causa, ainda hoje, não é totalmente esclarecida, sabendo-se que existem fatores genéticos – a chance de se ter um segundo filho com a patologia é de uma em trinta por cento  – f atores intra-uterinos e de desenvolvimento embrionário dos pés. 
 
Por apresentar uma causa multifatorial, os pais não devem se sentir culpados pelo problema quando a criança nascer. Acredita-se que ocorra por uma parada no desenvolvimento embrionário dos pés do feto, dentro do útero materno. 
 
Em torno do 3º mês de gravidez é normal que os pés do feto estejam na posição de eqüinovaro, e com o desenvolvimento natural, ficam na posição “normal” em torno do 5º mês gestacional. O diagnóstico é fácil, através do simples exame clínico do bebê. É importante salientar que além do pé torto, estas crianças apresentam também uma diminuição no tamanho do pé e atrofia da panturrilha(“batata” da perna), no lado afetado. É muito importante também o exame físico completo da criança, pois o pé torto eqüinovaro pode ou não estar associado a outras malformações congênitas.
 
Tratamento
 
Deve ser iniciado tão logo se faça o diagnóstico, se possível nos primeiros 15 dias de vida. Em nosso serviço utilizamos o Método de Ponsetti. O método de Ponseti consiste em correção das deformidades de forma gradual, realizando-se manipulações suaves e colocação de aparelhos gessados longos semanalmente. Há a necessidade de seis a dez gessos para correção. Após, realiza-se tenotomia – liberação do tendão de aquiles, sob leve sedação, para corrigir a última deformidade presente, que é o pé eqüino. 
 
Utiliza-se o gesso por mais três semanas, já com o pé em boa posição e, posteriormente, coloca-se uma órtese denominada de Dennis-Brown num período inicial de vinte e três horas diárias. Reduz-se para dezesseis horas aos nove meses. Para crianças de um ano até os quatro anos de idade indica-se o uso noturno.

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